terça-feira, 31 de março de 2009

O que é jornalismo?


Não, não é sobre aquele livreto do Clóvis Rossi. O Diário do Norte do Paraná, que tem sua base na cidade de Maringá, trava uma batalha interessante com supermercadistas da região. Nas últimas semanas, alguns estabelecimentos proibiram a entrada de repórteres que checavam o preço dos alimentos que compõem a cesta-básica.

Os dados eram coletados frequentemente, para o uso no "Tabelão" — pesquisa iniciada pelo jornal há alguns anos, que relaciona o custo dos itens em pelo menos 20 supermercados. Desde que as matérias começaram a ser publicadas, os preços dos alimentos caíram até 22%.

Apesar do risco da perda de anunciantes — sendo que possivelmente algumas empresas envolvidas são clientes do jornal — os editores decidiram trazer o impasse para a capa.

O embate (que me fez lembrar daquela visão romântica do jornalismo que carregamos antes de entrar numa redação) chegou a ser comentado no blog Innovations in Newspaper, de Juan Antonio Giner.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Diploma de jornalista




O recurso contra a obrigatoriedade do diploma de jornalismo para o exercício da profissão entrará na pauta do STF no próximo dia 1º de abril. Até lá, segundo a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), uma série de manifestações em defesa do diploma e da regulamentação dos jornalistas está prevista.

Da página do STF:

"Estão previstos para a pauta de julgamentos do Supremo Tribunal Federal (STF) da próxima quarta-feira (1º), a análise de dois processos referentes à atuação de jornalistas. Em um deles, são questionados dispositivos da Lei de Imprensa e, em outro, a exigência de diploma de jornalista. A sessão plenária tem início às 14h, com transmissão ao vivo pela TV e Rádio Justiça.

Lei de Imprensa

Na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 130, o Partido Democrático Trabalhista (PDT) contesta a Lei de Imprensa (Lei 5.250/67), que já teve 22 dispositivos suspensos, de um total de 77 artigos, por decisão liminar concedida pelo Plenário do STF em fevereiro do ano passado. O relator da ação é o ministro Carlos Ayres Britto.

Na ocasião, a Corte autorizou os juízes de todo o país a utilizar, quando cabíveis, regras dos Códigos Penal e Civil para julgar processos sobre os dispositivos da lei que foram suspensos.

Diploma de jornalista

Já na análise do Recurso Extraordinário (RE) 511961, interposto pelo Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão no estado de São Paulo (SERTESP) e pelo Ministério Público Federal (MPF), os ministros do Supremo vão julgar definitivamente tema relativo à exigência do diploma para o exercício da profissão de jornalista.

Em julgamento de liminar ocorrido no mês de novembro de 2006, o STF garantiu o exercício da atividade jornalística aos que já atuavam na profissão independentemente de registro no Ministério do Trabalho ou de diploma de curso superior na área. O ministro Gilmar Mendes é o relator desse recurso."

terça-feira, 24 de março de 2009

Are you a newspaper person?

A CNN quer saber o que os seus internautas/telespectadores pensam sobre a possibilidade do fim do tradicional jornal impresso.

Para isso, aproveitou o iReport.com — site da rede de comunicação norte-americana, de conteúdo gerado pelo usuário, sem filtros e edição, criado para que pessoas possam disponibilizar, compartilhar e discutir notícias — para receber os depoimentos sobre o assunto.

Como já acontece com outros vídeos postados no site, alguns vão receber a marcação “On CNN”, que informa que o conteúdo foi aprovado para utilização nos veículos de comunicação da rede.

"Faced with declining readership and a worsening economy, many newspapers are grappling with whether to stop the presses. Denver's Rocky Mountain News recently closed its doors, while the Seattle Post-Intelligencer is moving to an online-only format.

How does this affect you? Do you read the newspaper every morning over coffee, or do you catch up on the news online? Is your local newspaper still around?

Put your thoughts about the newspaper industry on video and share your daily news routine. Your stories could be featured on CNN."

segunda-feira, 23 de março de 2009

Suitar

Quando do assassinato de uma dançarina pelo ex-companheiro, em Florianópolis, não tinha dia que o assunto não rendesse pelo menos uma nota pelada nos telejornais. Por um bom tempo, o principal gancho das matérias eram as investigações para descobrir onde o suspeito do crime teria escondido o corpo da vítima.

A polícia, com base no que tinham dito testemunhas, já sabia que o ex-parceiro da vítima fora visto numa praia isolada, em atitude suspeita. Fizeram uns três dias de busca no local e nada do corpo.

Eis que num desses dias, um programa televisivo anuncia o suposto encontro do cadáver. Aquela coisa: Polícia encontra o que pode ser o cadáver da dançarina assassinada!

Da abertura até o último bloco, incansáveis chamadas para o que seria o fato que incriminaria, de vez, o principal suspeito do crime. Afinal, sem corpo, não há crime — como dizem os investigadores.

No último bloco, o telespectador já imaginava as cenas do resgate do corpo, aquela afobação de fotógrafos, peritos, policiais, e, é claro, curiosos. Daí que o âncora no estúdio chama o repórter, ao vivo, às margens de uma rodovia.

Ele desenvolve um texto retrospectivo, relembra o que havia dias todo mundo já estava cansado de saber. No final, cita a presença de urubus, sobrevoando um ponto da praia...e solta a pérola:

— ...e, apesar da presença das aves (urubus), nenhum sinal do corpo — finaliza a participação e o programa.

Pergunta: Onde está a matéria? Até hoje ninguém entendeu. Imagine o telespectador...

sexta-feira, 20 de março de 2009

Servidor esforçado

Numa das rondas matinais, quando ligo para centrais de polícia em busca de informações sobre as ocorrências mais relevantes da madrugada, fui surpreendido pela postura de um servidor público, cujo salário é pago com o suor deste trouxa (sim, foi como me senti!) que aqui escreve.

— Bom Dia, quem fala?
Silêncio de uns cinco segundos, seguido por um suspiro do outro lado da linha.
— XXXXX.
— Olá, XXXX, tudo bem? Sabes me dizer se houve alguma prisão ou apreensão relevante nessas últimas horas?
— Pô cara, estamos dormindo. Ligue mais tarde e fale com o pessoal do próximo plantão. Agora estou aqui no alojamento, nem tenho como te dar as informações.
Pausa no telefone do lado de cá.
Fiquei sem reação por alguns segundos, respirei fundo e mandei:
— O problema é que quando eu falo com o pessoal do plantão seguinte, eles reclamam que eu deveria ter ligado antes, e falado diretamente com vocês, que acompanharam as ocorrências da madrugada. Cada um diz uma coisa!
— A madrugada foi agitada. Trabalhamos durante todo o tempo.

O servidor público aparentava estar "chateado" porque trabalhou. Que pérola!

Contrariado, resolvi cutucar:

— É essa a orientação que a direção passa pra vocês?

O prestativo policial devolveu:

— É, liga mais tarde. (Desligou o telefone)

Detalhe: Agente da Polícia Civil numa das cidades mais violentas de Santa Catarina.

quinta-feira, 19 de março de 2009

E-readers: fim do papel?

A Detroit Media Partnsership anunciou nessa quarta-feira parceria com a alemã Plastic Logic, para a distribuição dos e-readers — displays para a leitura de documentos digitais — aos assinantes dos jornais da empresa.

A idéia é, até 2010, testar o uso do aparelho entre os leitores que querem ter acesso digital ao Detroit News e o Detroit Free Press.

Inicialmente, 100 aparelhos serão distribuídos entre os interessados em participarem da avaliação. A DMP vai analisar a possibilidade de, no futuro, diminuir os custos com impressão e adotar a nova alternativa para obter receita, com o aluguel dos aparelhos.

Até o começo da próxima década, a empresa vai estudar os preços, disponibilidade e outras questões operacionais envolvendo o e-reader. Abaixo, uma imagem de divulgação do que seria o display, tipo "papel-plástico".

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quarta-feira, 18 de março de 2009

Run, babe, run

Mais uma situação bizarra entre os casos policiais dos últimos dias. Pessoas que participavam de um jantar de confraternização, num prédio em Chapecó, foram surpreendidas por um ladrão em fuga.

O rapaz, de 22 anos, pulou da sacada do primeiro andar do edifício depois de ser flagrado tentando invadir um apartamento. Ele não conseguiu passar desapercebido pelo salão de festas (!). Um dos participantes do jantar ainda tentou deter o fugitivo, mas não conseguiu.

O jovem pulou um muro, equipado com grades (como eles conseguem isso?), em direção a uma residência vizinha ao prédio. Ele forçou uma janela para tentar se esconder dentro da casa, mas acabou chamando a atenção do dono da casa, que acendeu as luzes do pátio.

A agitação fez com que um cachorro, adormecido nos fundos da residência, acordasse.
Foi aí que o fugitivo deu aquele "algo mais". Como um soldado do exército, saiu como um louco saltando muros e driblando cães nas casas vizinhas, até que foi detido por policiais e moradores.

Como foi uma tentativa de furto, hoje ele só responde a um termo circunstanciado. Está nas ruas novamente.

terça-feira, 17 de março de 2009

Sacada




A criatividade sempre fez a diferença e certamente vai determinar quais veículos sobreviverão daqui pra frente. Nesta terça, o New York Times, trouxe o especial "The New Hard Times", como complemento para a série de reportagens sobre a atual crise norte-americana.

Em vídeos de curta duração, pessoas que vivenciaram a grande depressão relatam como foram difíceis os anos seguintes ao crack da bolsa, em 1929. Na minha humilde opinião, acertaram na mosca.

Eles também deixam o espaço livre para que leitores contribuam com seus depoimentos, em vídeo.

Convergência

Os jornalistas espanhois Ramón Salaverria e Samuel Negredo lançaram recentemente um livro que detalha como alguns dos maiores jornais do mundo estão se adequando à nova maneira de se fazer jornalismo, com o uso das novas tecnologias.

Os autores denominam "convergência jornalística" a integração entre o jornalismo tradicional e os novos meios de comunicação. Foram analisadas as mudanças nas redações "on e offline" de oito jornais: The Tampa Tribune; The Daily Telegraph; Financial Times; The New Your Times; The Guardian; Schibsted; Clarin e o brazuca, O Estado de São Paulo.

A idéia do post veio do Jornalismo & Internet .

Leia o estudo de caso do Daily Telegraph . (em PDF)

segunda-feira, 16 de março de 2009

Brasil/EUA: duas perspectivas

O interesse de Barack Obama em estreitar as relações comerciais entre os EUA e o emergente Brazil começa a repercutir na imprensa norte-americana. Artigo publicado no Real Clear Politics analisa, sob duas perspectivas, a decisão do presidente da maior potência econômica mundial.

Lula já anunciou que vai tentar aumentar a exportação de etanol para os EUA. Por aqui, alguns analistas especulam que, na verdade, Obama precisa de Lula para aproximar-se do venezuelano Hugo 'loco' Chavez, para garantir a importação de combustíveis daquele país.

Além dos problemas no Oriente Médio e a crise econômica, esse foi outro "pepino" deixado pelo antecessor de Barack, George Bush. O chefe de Estado americano deve estar querendo "desarmar a bomba" antes de qualquer faísca.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Wee Planets

Pausa pro fim de semana. Para passar o tempo, aproveitem e deem uma conferida nessa galeria de wee planets (montagens em que fotografias panorâmicas, de 360º por 180º, são projetadas para parecerem pequenos planetas) no Flickr. Nesse planeta eu moraria!





Parvis de Notre-Dame (wee planet acima) numa noite de novembro de 2008. J´adore Paris!

Lead, cadê você?

Jéssica Pereira, de Jaraguá do Sul, é cega. Mas Jéssica Pereira, com 16 anos de idade, tem extremamente claros seus objetivos.

— Eu quero ser bióloga e veterinária de animais selvagens — diz a menina sem pestanejar. Como todas as pessoas que têm no estudo um objetivo de vida, Jéssica é viciada em leitura.

Ela provavelmente já devorou todos os livros transcritos para o Braile, forma de leitura através do tato, existentes em Jaraguá. Ela também já comprou livros falados, mas garante que não é a mesma coisa do que ler por si só.

*texto publicado durante a semana num jornal do Norte catarinense.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Eficiência

Conversa ao telefone, com um funcionário do Estado:

— Olá, de onde fala?
— É do almoxarifado do XXX.
— Quem fala?
— Henrique.

(Como já havia tentado contato em outros telefones do órgão e ninguém atendeu, arrisquei...)

— Olá Henrique, sabes se tem alguém "lá no atendimento ao público"?
— Não sei, senhor.
— E será que tem alguém na XXXXXX (setor)?
— Não sei, senhor.
— Pode me passar o número de lá?
— Não sei.
— Ok. Podes me confirmar os telefones do setor de atendimento?
— Ah, também não sei.


Então tá.

Santa Sicília

Quando da morte do empresário João Batista Murad, o Beto Carreiro, as atenções de sites de notícias de todo o país voltaram-se para Santa Catarina. Ele foi enterrado num sábado à tarde, quando, normalmente, a produção de notícias registra uma leve queda. Tirando os acidentes de trânsito, assassinatos e desastres, editores só têm as chamadas de futebol para dar destaque de capa...

Enfim, era um sábado "fraco" de notícias e o pessoal do G1, o portal de notícias da globo, monitorava os sites parceiros em Santa Catarina em busca de uma suíte (matéria seguinte) sobre o sepultamento do companheiro do cavalo Faísca.

Mal o www.diario.com.br publicou uma nota da repórter Sicilia Vechi sobre o enterro e o site de notícias da Globo tratou de reproduzí-la. No corre-corre, o nome da redatora foi incluído no meio do texto, sabe-se lá como. Leia como ficou:

"O corpo do empresário João Batista Sérgio Murad, conhecido como Beto Carreiro, foi enterrado neste sábado (2), às 16h30min, no município de Penha, Litoral Norte de Santa Catarina. Cerca de três mil pessoas acompanharam a cerimônia, entre elas o humorista Dedé Santana e a apresentadora Olga Bongiovani.

O corpo do empresário foi levado da igreja matriz Sicilia Vechi até o cemitério municipal de Penha em um carro do Corpo de Bombeiros"

* Tentei encontrar a matéria com o erro na web mas o texto foi alterado. A mudança no texto não foi informada ao internauta.

quarta-feira, 11 de março de 2009

NYT



O New York Times deu início, nesta quarta-feira, a um debate nacional sobre a imigração e suas consequências. O gigante da comunicação norte-americana se propõe a analisar como os imigrantes modificaram as instituições nos Estados Unidos.

Leitores e especialistas serão convidados a debater temas que serão explorados a cada domingo, em artigos publicados nas versões impressa e online. O NYT trará, além do material editorial no impresso, uma série de atrativos para seus leitores em sua versão online.

Além de um infográfico autoexplicativo (como todos devem ser!), o site disponibiliza números sobre o tema desde 1910 e um fórum para incentivar a participação do público.

A forma de abordagem não é inédita. Os grandes jornais brasileiros (e até, catarinenses) também costumam fazer da mesma forma.

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Em tempo, a discussão não deve ter sido levantada à toa. Certamente a estagnação da economia dos EUA e os acenos do presidente eleito Barack Obama em tornar-se "mais sensível" aos problemas dos imigrantes devem ter contado na hora de emplacar a pauta.

Se o homem inventa de criar uma política interna que beneficie os imigrantes, deve encontrar resistência no povo americano, hoje assustado com o crescimento do nível de desemprego e a diminuição do crédito.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Tendência?

O jornal norte-americano The Christian Science Monitor inaugura, em abril, a série de tentativas desesperadas de recuperação econômica de jornais pelo mundo afora.

Como anunciado em 2008, em entrevista do editor-chefe John Yemma ao New York Times, a partir do próximo mês, o Monitor deixa de circular nas bancas de segunda a sexta. Apenas a edição dominical, tipo revista, será mantida.

Para cortar os custos, a saída encontrada foi acabar com as edições impressas durante a semana e seguir com o jornal apenas na internet. No período, os assinantes — que no ano passado representavam 90% da receita do periódico —, receberão o jornal diariamente por e-mail, em PDF.

Yemma acredita que a maior parte dos concorrentes terá que adotar a mesma estratégia num prazo de até cinco anos. Apesar de insistir na publicação do “jornal-revista” aos domingos, ele não espera que as vendas da edição registrem crescimento.

Judy Wolff, presidente da fundação que gerencia o jornal, disse ao jornal Público (Portugal) que a estratégia para sobreviver à crise é “focar os recursos na audiência, em rápido crescimento na web”. A expectativa deles é superar os 30 milhões de pageviews mensais.

O Christian Science é mantido por uma igreja, mas não dá muita ênfase aos assuntos religiosos. É reconhecido pela cobertura internacional, tendo ganho sete prêmios Pulitzer. Nas últimas décadas, a audiência despencou de 220 mil para 50 mil exemplares.

Um detalhe: o anúncio da mudança foi feito no ano do centenário do jornal, que tem circulação nacional.

domingo, 8 de março de 2009

Palavra

De vez em quando o jornalista não encontra a palavra certa para transmitir as circunstâncias de um fato ao leitor. Daí, só uma consulta ao bom e velho dicionário pra resolver a pendenga. Essa é a recomendação, pelo menos. Em alguns casos, o dicionário não está por perto...já aconteceu comigo também.

Uma nota sobre um acidente de trânsito num jornal catarinense dizia que "o motociclista escorreu para baixo de um caminhão".

Esse se liquefez!

sexta-feira, 6 de março de 2009

Trapiche



Clique do Hermínio Nunes, fotógrafo do Diário Catarinense, que divide alguns dos registros fotográficos que faz em seu blog (devidamente relacionado na relação de links do pérolasdaredação). Na foto, um dos trapiches na Via Expressa Sul, no final da tarde de quinta-feira, dia 5.

Listão da morte

Vida de editor online não é fácil. Entre as revisões e atendimentos diversos, ainda monitora outros portais e determina destaques de capa. Em alguns casos, esta última ação é delegada a subeditores.

De vez em quando a maneira de "chamar" um assunto na home gera um bom debate na redação. Na virada do ano, de 2007 para 2008, nos deparamos com a seguinte manchete na edição online de um jornal de grande circulação:

"Confira a lista dos homicídios no feriado de Ano-Novo"

Quase a mesma chamada da divulgação de um listão de vestibular... Qual sua opinião sobre a escolha?

quinta-feira, 5 de março de 2009

História da web


Grande Biguaçu

Repórter, por telefone, ao vivo num telejornal, direto de um acidente na BR-101:

— "... O caminhão tinha placas de Florianópolis, na Grande Biguaçu".

quarta-feira, 4 de março de 2009

Dinâmica das redações

O jornalista argentino Alvaro Liuzzi trouxe para um blog, o Redaciones online, informações privilegiadas de um estudo que desenvolve sobre as mudanças recentes nas redações dos jornais mais lidos em língua espanhola (Espanha e Argentina).

Segundo o autor, ele explora como os veículos integraram as redações "off e online" e tentam se adaptar às novas formas de comunicação através da internet e com o uso das novas tecnologias.


Detalhe: Formato da mesa em "H" onde trabalham os editores do argentino El Clarín.

O que eu vou dizer pra ti?

Bola de cristal é algo que ainda não temos lá na redação. Mas recebemos esta pergunta por e-mail:

— Gostaria de saber como vai estar o movimento na BR-101 na quinta-feira, sentido Tijucas-São Francisco do Sul.

O que eu vou dizer pra ti (número dois).
O que eu vou dizer pra ti (número um).

terça-feira, 3 de março de 2009

Fúria


Registro do temporal que atingiu a Grande Florianópolis na noite de segunda-feira, 2 de março, do colega Maurício Vieira, fotógrafo do Hora de Santa Catarina. Foto de capa do Diário Catarinense do dia seguinte (edição da Grande Florianópolis) e do HSC.



Marcelo Bittencourt, da equipe de fotógrafos do Jornal Notícias do Dia e ex-parceiro dos tempos de O Estado, também clicou o mau tempo (foto acima).

A morte de um jornal

O periódico Rocky Mountain News, que circulava havia 150 anos na cidade de Denver, nos Estados Unidos, publicou sua última edição na última sexta-feira, dia 27 de fevereiro. Efeitos da crise...

Segundo o Observatório de Imprensa, o executivo-chefe da editora que publica o Rocky, Rich Boehme, atribuiu à atual situação econômica e as mudanças por que passa a indústria jornalística como as causas do "fim". Boehme também colocou a concorrência como um dos fatores que provocaram a ruína.

Agora, os leitores da cidade norte-americana só têm o Denver Post.

Na home do jornal, foi publicado um vídeo de despedida (tipo R.I.P). Trouxe pra cá. Confira.



Final Edition from Matthew Roberts on Vimeo.

2019, by Microsoft

Veja o vídeo apresentado pelo presidente da Divisão de Negócios da Microsoft, Stephen Elop, numa conferência sobre tecnologia no fim de fevereiro. A produção mostra uma previsão da gigante dos softwares para os produtos que devem ser desenvolvidos até 2019.

Dica de Fabiano Melato.

Future Vision Montage
Future Vision Montage

domingo, 1 de março de 2009

Vovozinha

Dia desses, a âncora de um telejornal matutino entrevistava um grupo de mulheres que bordavam. A pauta estava longe de ser interessante para quem assistia ao programa, em meio ao café da manhã, e buscava informações úteis para o dia que estava por começar. Pior ainda foi o começo do bate-papo com as entrevistadas:

— Por causa da prática do bordado, você se sente uma vovozinha?

Da série: O que eu vou dizer pra ti?

Em agosto de 2008, o Brasil perdeu o cantor e compositor Dorival Caymmi, aos 94 anos. Confesso que nunca fui um entusiasta do que o vozinho produziu, mas não há como não reconhecer o talento do patriarca dos Caymmi. Ele se foi, mais segue bem representado na música pelos filhos Nana e Danilo.

Um dia após a morte de Dorival, a redação recebeu a seguinte mensagem de um internauta:

"Achei curioso que no dia em que Dorival Caymmi morreu uma mulher deu à luz sete crianças e a lua sumiu por uns instantes no céu do Brasil"

Novamente o editor, responsável pela "troca de figurinhas" com os leitores, se viu numa difícil missão. E agora, o que é que eu vou dizer pra ti?

Leia a primeira postagem do blog sobre a série "O que é que eu vou dizer pra ti?".

Festa no apê

Numa noite dessas, policiais foram informados que uma loja havia sido assaltada no Centro de Chapecó. Quando chegaram no local, testemunhas disseram a eles que um casal teria invadido o estabelecimento e fugido, num táxi, com produtos furtados.

Minutos depois o tal veículo foi localizado. Nele, um rapaz de 20 anos e uma garota de 17. Os produtos furtados? Quatro frascos de espuma de banho.

E lá se foi a noite divertida que eles tinham planejado.