Ainda em 2008, a ocorrência abaixo me fez refletir sobre a nossa segurança e o que está sendo feito para melhorá-la. Segue...
Depois de uma perseguição policial em Itajaí, no Litoral Norte, o suspeito abandonou o carro que dirigia. A polícia encontrou o carro dele e deu aquela vasculhada. Encontraram drogas escondidas no carro.
Sobre o banco do carona, havia um celular. De tempo em tempo o aparelho anunciava o recebimento de uma nova mensagem. Enquanto isso os policiais tentavam agilizar a retirada do carro para o pátio de uma delegacia e a mobilização de outras viaturas para continuarem a busca pelo foragido.
Nos textos enviados para o celular, o remetente insistia em marcar um encontro com o rapaz que havia fugido. Os agentes da PM resolveram ligar para o celular de onde partiam as mensagens, para descobrir alguma nova informação sobre o dono do aparelho.
Descobriram que a empregada doméstica do rapaz foragido era quem tentava entrar em contato. Os dois eram amantes. A informação — à primeira vista, inútil — foi sabiamente usada.
Os soldados resolveram ir até a casa do dono do carro, a partir do endereço no documento de licenciamento do veículo. Chegando lá, contaram tudo à esposa do suspeito. Dito e feito. A mulher soltou o verbo.
Disse que o marido era o responsável por vários assaltos na região e que havia saído, instantes antes, na companhia de um comparsa.
Mesmo assim, ele não foi localizado. E certamente perdeu a mulher.
----------------------------
Voltando ao caso das resenhas policiais, um trecho do texto dessa ocorrência me deixou com a pulga atrás da orelha. Dizia exatamente assim:
"A guarnição tentou ainda marcar um encontro via telefone com o assaltante, mas ele não compareceu"
Será que os soldados pensavam que o foragido iria comparecer a um encontro marcado com a polícia? Só se fosse pra se safar da esposa...
Nenhum comentário:
Postar um comentário