O jornal norte-americano The Christian Science Monitor inaugura, em abril, a série de tentativas desesperadas de recuperação econômica de jornais pelo mundo afora.
Como anunciado em 2008, em entrevista do editor-chefe John Yemma ao New York Times, a partir do próximo mês, o Monitor deixa de circular nas bancas de segunda a sexta. Apenas a edição dominical, tipo revista, será mantida.
Para cortar os custos, a saída encontrada foi acabar com as edições impressas durante a semana e seguir com o jornal apenas na internet. No período, os assinantes — que no ano passado representavam 90% da receita do periódico —, receberão o jornal diariamente por e-mail, em PDF.
Yemma acredita que a maior parte dos concorrentes terá que adotar a mesma estratégia num prazo de até cinco anos. Apesar de insistir na publicação do “jornal-revista” aos domingos, ele não espera que as vendas da edição registrem crescimento.
Judy Wolff, presidente da fundação que gerencia o jornal, disse ao jornal Público (Portugal) que a estratégia para sobreviver à crise é “focar os recursos na audiência, em rápido crescimento na web”. A expectativa deles é superar os 30 milhões de pageviews mensais.
O Christian Science é mantido por uma igreja, mas não dá muita ênfase aos assuntos religiosos. É reconhecido pela cobertura internacional, tendo ganho sete prêmios Pulitzer. Nas últimas décadas, a audiência despencou de 220 mil para 50 mil exemplares.
Um detalhe: o anúncio da mudança foi feito no ano do centenário do jornal, que tem circulação nacional.
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